O martelo foi batido, mas a tinta ainda não secou. O Corinthians decidiu renovar com a Nike por mais dez anos, recusando oficialmente a oferta da Adidas, mas o contrato definitivo ainda não foi assinado. Segundo apuração da Gazeta Esportiva, o clube firmou apenas um Memorando de Entendimento (MOU), o que significa que ainda há cláusulas sendo debatidas antes da assinatura oficial.
📝 Nike na frente, mas com ajustes pendentes
Mesmo com a proposta mais robusta em pontos estratégicos, a Nike não levou a parada sem ressalvas. O Timão quer garantir, por exemplo, uma multa caso a fornecedora falhe na entrega de materiais — problema que já ocorreu em anos anteriores. O MOU dá ao clube essa margem de negociação sem perder o prazo da oferta.
💰 Os valores do acordo
A proposta da Nike gira em torno de R$ 59 milhões garantidos por ano “em dinheiro”, superando os R$ 53 milhões oferecidos pela Adidas. No total, o contrato pode chegar a R$ 1,3 bilhão, mas esse valor máximo só seria atingido com metas esportivas e comerciais de alto nível, como títulos da Libertadores e do Brasileirão.
A Nike ainda aceitou entregar mais royalties (R$ 41 mi por ano) e condições mais acessíveis no bônus por vendas de produtos: a partir de 750 mil peças, já há retorno extra ao clube, contra 1 milhão exigido pela Adidas.
⚠️ Por que a Adidas perdeu a disputa
Apesar de ter oferecido R$ 100 milhões em luvas, a Adidas perdeu terreno no quesito jurídico. O risco de rescisão com a Nike poderia gerar um prejuízo estimado em até R$ 100 milhões ao Corinthians. Com o contrato atual prevendo arbitragem em uma das câmaras mais caras do país, o clube achou melhor não comprar essa briga.
💬 Perdão e paz com a Nike
A Nike ainda aceitou perdoar dívidas passadas, como o excesso de material enviado além do limite contratual (R$ 12 milhões só em 2024). E embora não tenha aceitado pagar as luvas à vista, propôs o valor como adiantamento corrigido pelo IPCA.
A negociação foi acelerada também porque a Nike já havia acionado, ainda em 2024, uma cláusula de renovação automática até 2029, ignorada pela gestão de Augusto Melo. Ao renovar agora por mais dez anos com ajustes, a nova diretoria evita um imbróglio jurídico que poderia estourar ainda mais os cofres do clube.