O torcedor corinthiano viveu mais uma noite para esquecer na história do clube. Na última terça-feira (28), o Corinthians foi derrotado por 1 a 0 pelo Huracán e deu adeus à Copa Sul-Americana ainda na fase de grupos, amargando a terceira colocação de um grupo tecnicamente acessível.
Segundo análise do jornalista Chico Garcia, em vídeo publicado no YouTube, essa eliminação representa “uma das noites mais vexatórias da história do Corinthians”, refletindo não só o péssimo momento técnico dentro de campo, mas também a grave crise institucional que toma conta dos bastidores do clube.
Falta de presidente, falta de padrão, falta de tudo
O Corinthians entrou em campo sem rumo e sem comando. Após o afastamento de Augusto Melo, o presidente interino Osmar Stabile ainda nem se reuniu com Dorival Júnior, técnico que assumiu a equipe recentemente. O clube parece abandonado, mergulhado numa crise política e financeira.
Dentro das quatro linhas, o time mais uma vez não entregou. Dorival escalou o que tinha de melhor — Memphis, Carrilho, Angileri, Garro no segundo tempo — mas, como destacou Chico Garcia, “o que esses caras jogaram?”. O técnico, mesmo com pouco tempo de casa, ainda não conseguiu implementar um padrão tático nem motivar o elenco.
Jogadores apagados e escolhas questionáveis
Carrillo, que já brilhou em outros momentos da temporada, não consegue mais render. Memphis, voltando de lesão, foi figura nula. Romero? Nem se viu em campo. Garro até tentou — entrou no segundo tempo e deu um pouco de criatividade, mas era tarde demais.
As decisões táticas de Dorival também têm sido questionadas: jogadores fora de posição, variações exageradas de sistema e um time sem liga. Para completar, o Corinthians termina maio fora de todas as competições continentais, após eliminações precoces na Libertadores e agora na Sul-Americana.
Crise no macro e no micro
Além do desastre técnico, o clube sofre com a instabilidade nos bastidores. A nova gestão é interina, sem garantia de continuidade. O ambiente interno é de incerteza total — diretores sendo demitidos, falta de verba para reforços e nenhum planejamento claro para a janela de transferências.
Chico Garcia foi direto: “Tá tudo muito bagunçado. O Dorival não está conseguindo montar um time, não está conseguindo dar uma cara para esse time.”

E agora, Fiel?
Resta ao Corinthians focar no Brasileirão e sonhar com algo na Copa do Brasil. Mas pra isso, muita coisa precisa mudar. Jogadores precisam se reencontrar, o técnico precisa parar de improvisar, e principalmente, o clube precisa se reencontrar consigo mesmo.
A torcida segue sendo a parte mais fiel e apaixonada dessa história. Mesmo em noites como essa, ela não abandona. E só por isso, o Corinthians merece reagir.